sábado, 30 de outubro de 2010

A ciência de "O Céu e o Inferno"

O Livro dos Médiuns (1861) costuma ser considerado o livro que trata da ciência espírita. Ele sem dúvida trata da comunicação com os Espíritos, o que é uma parte da ciência espírita. Traz considerações sobre o método, sobre os "instrumentos da pesquisa" - os médiuns; sobre as condições de seu "laboratório" - que são as reuniões mediúnicas, enfim, ele é um manual de orientação para o pesquisador interessado em fazer investigações em torno dos fenômenos mediúnicos.
Mas a ciência espírita não se limita aos seus métodos, instrumentos e laboratório. Ela também apresenta resultados.
E O Céu e o Inferno (1865) é um compêndio destes resultados da pesquisa mediúnica, e de análises de resultados, à luz dos princípios da ciência espírita hauridos da experiência e concordes com seu arcabouço filosófico.
É cabível, portanto, estudá-lo como um livro de ciência.

sábado, 23 de outubro de 2010

Experiências

Por Gilberto (Esp.) / Rita Foelker

Experimentar é o caminho da evolução do pensamento.

As hipóteses nascem da dúvida e da criatividade, mas só a experiência nos indica a mais correta e faz com que as ideias se transformem. Só a experiência confere certezas.

As pessoas inteligentes são abertas à experimentação, porque enxergam ali a possibilidade de avançar em entendimento.

Muito embora possamos preferir a segurança dos caminhos já trilhados e dos procedimentos consagrados, não há progresso sem experimentação.

No campo dos potenciais mediúnicos, não é diferente. Ninguém sabe o que é ou como funciona a própria mediunidade, se não se predispõe a experimentar de mente aberta e desprevenida, sem expectativas e deixando de lado os naturais bloqueios.

Tudo o que é novo pode parecer assustador. Na verdade, gostaríamos de apresentar nossos dons quando eles já estivessem plenamente maduros, quando já soubéssemos de antemão de que se trata, com funciona, o que vai acontecer... Tal insegurança reflete nosso receio de que apareçam aspectos de nossa personalidade que gostaríamos de ocultar.

Porém nenhuma criatura encarnada na Terra é um ser acabado, nem no que tange à mediunidade, nem no que se refere à cultura, sentimentos, ética, autoconhecimento. E experimentar é o único meio seguro de ganharmos intimidade com nossa faculdade mediúnica adquirindo, também, conhecimento e segurança quanto às suas possibilidades.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Dialogando com os Espíritos


Por Gilberto (Esp.) / Rita Foelker

Os Espíritos que colaboram entre si nas fieiras da evolução formam incomensuráveis famílias espirituais. Laços imemoriais nos unem uns aos outros, estando os mais adiantados empenhados em mostrar os caminhos que já trilharam; as orientações, que são frutos das experiências vividas, servindo de farol aos caminhantes que vêm mais atrás.

Todas as almas podem ter algo a ensinar, tesouros de valor de sua inteligência naquilo em que já está desenvolvida, que podem ser a chave e a resposta por que anseiam almas aflitas que tresandam em confusão.

Os trabalhos mediúnicos são pontos de interseção destas correntes, onde Espíritos orientadores vêm trazer conhecimentos e onde podemos nos constituir em instrutores de criaturas ainda menos esclarecidas que nós, ofertando-lhes das nossas próprias conquistas íntimas.

No fundo, todos precisam e, por isso, buscam a luz do entendimento espiritual. Nossas dificuldades e conflitos surgem sempre na fronteira de nossa ignorância dos mecanismos das leis, e progredir nesse conhecimento é trilhar os caminhos da paz íntima.

Quando conversarmos com uma criatura infeliz do plano espiritual, lembremo-nos dos Espíritos que pacientemente são nossos instrutores, até mesmo nesta hora de exercício. Lembremos também do valor das palavras que eles nos trazem, para que não desperdicemos o momento que se apresenta, de auxiliar um Ser divino e um nosso irmão.

Da mesma maneira que sorvemos consolo e sabedoria das orientações recebidas, que nossas palavras representem, na simplicidade das ponderações, a água que dessedenta e o alimento que fortalece.

Que a singeleza destas ocasiões não nos permita banalizá-las. Não havemos de menosprezar a criatura que se apresenta, em razão de suas ideias e seus trejeitos, porque esta criatura poderia ter sido qualquer um de nós, em tempo não muito remoto.

Que os elos afetivos que nos unem aos Espíritos que abnegadamente nos ensinam se estendam àqueles que podem aprender de nós.